Airspeed AS.5 Courier

O Airspeed AS.5 Courier foi um avião de transporte civil concebido e produzido pelo fabricante britânico de aviões Airspeed Limited nas recém-inauguradas instalações de produção, em Portsmouth.

Concebido por A. Hessell Tiltman (co-fundador da Airspeed), o Courier era um avião monoplano, monomotor de asas baixas e tinha capacidade para transportar até 6 ocupantes. Para a história da aviação ficou como o primeiro avião britânico a ser equipado com flaps e trem de aterragem que se retraía para o interior das asas a entrar em produção em série.

O desenvolvimento do Courier remonta a 1931, tendo sido concebido como um moderno e avançado avião destinado principalmente a pilotos e proprietários privados.

A sua concepção ambiciosa, que incluía um trem de aterragem inovador, atraiu a atenção do pioneiro da aviação britânica, Sir Alan Cobham, que o viu como um avião adequado para demonstrar as suas teorias sobre a realização de reabastecimentos aéreos realizados através de voos de longa distância.

Após a confirmação da primeira encomenda, em agosto de 1932, foi construído um único protótipo (G-ABXN), que realizou o seu primeiro voo a 10 de abril de 1933 pilotado pelo piloto de testes RAE George Stainforth.

No programa de voo de teste que se seguiu, o protótipo sofreu dois pequenos acidentes, um em Portsmouth em abril de 1933 e outro, dois meses mais tarde, no Aeroplane and Armament Experimental Establishment (A&AEE) em Martlesham Heath. No entanto, em cada uma das ocasiões o aparelho apenas sofreu danos ligeiros, sendo rapidamente reparados. No final, os testes realizados mostraram que o Courier tinha uma concepção sólida a que se aliava um bom desempenho geral. Assim, a Airspeed sentiu-se encorajada a iniciar a produção em série do seu novo avião.

O Courier foi adquirido principalmente por clientes civis que o utilizaram sobretudo como avião de transporte. Contudo, o Courier também foi utilizado como avião de corrida e banco de ensaio de voo. Durante a 2ª Guerra Mundial foi também utilizado pela R.A.F – Real Força Aérea como avião de comunicações.

Dos 16 aparelhos fabricados apenas um único continuou operacional, por pouco tempo, após o terminus da 2ª Guerra Mundial.