Beriev Be-12 Chayka (Mail)

O Beriev Be-12 Chayka (Designação NATO: "Mail") foi um avião anfíbio de sucesso, desenvolvido para a Marinha Soviética, que acabou por alcançar vários recordes mundiais na sua classe e um dos últimos hidroaviões militares em serviço.

O Be-12 foi desenvolvido para substituir o Beriev Be-6 e a problemática série Be-10 "Mallow" nas forças aéreas soviéticas. Porém, apesar de ter sido uma evolução do Be-6, pouco mais herdou dele do que a semelhança, as asas em gaivota e a configuração dos duplos lemes.

Ao invés do seu antecessor, o Be-12 estava equipado com 2 motores turbopropulsores Ivchenko Progress AI-20D, que lhe permitiam uma maior velocidade e autonomia, que foram montados a uma altura superior à da fuselagem, num arranjo do tipo "gull-wing", o que permitia uma maior distância em relação à água. Para manter o equilíbrio foram montados dois flutuadores auxiliares nas extremidades das asas, porém, graças à existência de um trem de aterragem retráctil, também podia aterrar em pistas de terra normais.

O Be-12 voou pela primeira vez em 18 de outubro de 1960, no aeródromo de Taganrog, e fez a sua primeira aparição pública nas festividades do Dia da Aviação Soviética de 1961, no aeródromo de Tushino, tendo a produção em série iniciado pouco tempo depois.

Originalmente desenvolvido para fins militares, o Be-12 entrou ao serviço no início da década de 1960 e foi primeiramente utilizado na patrulha marítima e na luta antissubmarina sendo, nesse papel, no início do século XXI, um dos poucos hidroaviões militares ainda em serviço no mundo. Porém acabou também por desempenhar missões de reconhecimento, vigilância marítima, busca e salvamento (Be-12PS) e reconhecimento geológico. Após a dissolução da União Soviética, alguns aviões foram convertidos em bombeiros para combate de incêndios florestais.

O Be-12 era normalmente operado por quatro a seis tripulantes e acomodava um sistema MAD (Magnetic Anomaly Detection) na cauda, um radar alojado na secção do nariz e uma posição de observação vidrada também no nariz.

Ao todo foram fabricados cerca de 150 aparelhos sendo alguns deles exportados para o Egipto, Síria e Vietname.