Heinkel He 177 Greif

O Heinkel He 177 Greif foi um avião bombardeiro pesado de longo alcance projetado Heinkel Flugzeugwerke e fabricado pela Heinkel Flugzeugwerke e pela Arado Flugzeugwerke durante a 2ª Guerra Mundial e ficou para a história da aviação como o único avião bombardeiro pesado construído em série pela Alemanha durante esse conflito.

O desenvolvimento e a produção do Heinkel He 177 ainda numa fase bastante inicial passou para a Arado para que a Heinkel se concentrasse no desenvolvimento de outros projetos nomeadamente o He 111. Porém, mesmo assim, esteve longe de poder ser considerado um projeto bem-sucedido já os problemas de que padecia nunca chegaram a ser verdadeiramente resolvidos por nenhum dos fabricantes.

O primeiro voo do He 177 foi realizado em novembro de 1939 e a entrada ao serviço da Luftwaffe ocorreu em 1942 com a série A-1. Porém, desde cedo os aparelhos revelaram não ser fiáveis já que apresentaram problemas estruturais e diversas falhas técnicas sobretudo relacionadas com a motorização. Posteriormente surgiu a série A-3, com a fuselagem ligeiramente aumentada e em 1943 a série A-5, que foi a que contou com maior número de unidades fabricadas.

Aparentemente e contrariamente à maioria dos aviões bombardeiros pesados da 2ª Guerra Mundial o Greif não era um avião quadrimotor, mas sim um avião bimotor. Porém, na realidade e He 177 era um avião quadrimotor já que cada asa tinha dois motores Daimler-Benz DB606 que na realidade mais não eram do que dois motores DB601 acoplados que trabalhavam em conjunto para gerar maior potência e acionarem o mesmo grupo de hélices. O Aparelho possuía asa cantiléver média muito longa, um amplo compartimento interno para transporte de bombas e a tripulação era constituída por 5 elementos.

Apesar de todos os esforços dos engenheiros alemães os problemas com o He 177 persistiram basicamente por duas razões principais. Por um lado, o aparelho era pesado de mais para a estrutura que possuía o que era ainda mais agravado por causa das autoridades militares insistirem na capacidade para operar como bombardeiro de mergulho e por outro lado, porque a insistência em manter o complexo acoplamento do conjunto dos motores levavam a que frequentemente ocorressem incêndios nos mesmos.

Assim, o He 177 raramente foi empregue em missões de bombardeamento estratégico, sendo apenas parcialmente utilizado no patrulhamento naval. A grande exceção foi a utilização de quase uma centena de aparelhos na frente oriental, em 1944, que realizaram várias missões noturnas, lançando bombas pesadas sobre Velikiye Luki e seus arredores. Apesar da forte oposição antiaérea soviética, os ataques causaram danos significativos à infraestrutura da cidade e interromperam temporariamente as operações ferroviárias.  Porém gradualmente as operações do He 177 começaram a ser canceladas por falta de combustível.

Entre 1942 e 1944 foram fabricadas um total de 1 169 unidades do He 177, muitas das quais não chegaram efetivamente a ser usadas em combate. O He 177 esteve ainda na base do desenvolvimento do Heinkel He 277 Amerika Bomber que basicamente era versão aperfeiçoada do He 177 equipado com quatro motores DB603-A, de 1 750 cv cada. Porém, somente foram fabricadas oito unidades.