Henschel Hs 129

O Henschel Hs 129 foi um avião bombardeiro de ataque ao solo e anti-tanque projetado e fabricado pela empresa aeronáutica alemã Henschel durante a 2ª Guerra Mundial. Ele foi especificamente desenvolvido para atacar formações de carros de combate inimigas.

Em 1935 o pensamento comum era que os aviões desempenhariam somente um pequeno papel nos combates terrestres, isto porque, se estivessem demasiado armados, seriam lentos e vulneráveis podendo ser facilmente destruídos tanto pela aviação inimiga como pelas próprias forças no terreno.

Porém, para os alemães, a experiência durante a Guerra Civil Espanhola mostrou que os aviões para apoio terrestre, mesmo que não fossem decisivos, podiam dar um contributo muito importante para a vitória nos combates. Assim, em 1937, foi emitida uma especificação para o desenvolvimento de um aparelho bimotor de pequenas dimensões, armada com dois canhões 20 mm e com forte blindagem para proteção do piloto.

No concurso participaram duas empresas, a Henschel com o Hs 129 e a Focke-Wulf com o FW 189. A   Luftwaffe preferiu o projeto apresentado pela Henschel apesar de este ter revelado motores pouco potentes. Na realidade a fraca motorização sempre foi o calcanhar de Aquiles do Hs 129 e acabou por prejudicar o seu desenvolvimento e nunca foi verdadeiramente solucionado.

Ainda assim os trabalhos progrediram e o primeiro voo do Hs 129 foi realizado a 25 de maio de 1939.Porém, o aparelho só entrou ao serviço operacional em abril de 1942, numa altura em que a Luftwaffe já não conseguia prestar uma escolta adequada para a maximização da eficácia de ataque do Hs 129.

Tratava-se de um avião monolugar, bimotor, possuía asa cantilever baixa, era blindado e encontrava-se fortemente armado. Na motorização inicial utilizava os mesmos motores do Messerschmitt Me 323, produzidos na França ocupada. Porém estes eram pouco potentes e esse problema só foi parcialmente resolvido na bem modificada série B, sobretudo no modelo B-3 que dispunham de motorizações mais potentes e estavam especialmente equipados para o combate aos tanques inimigos.

Operacionalmente o Hs 129 veio a revelar algumas fragilidades. Por um lado, frequentemente não dispunha de escolta para o defender sobretudo de ataques aéreos e por outro a pesada blindagem da cabine limitava a visibilidade e tornavam-na desconfortável e apertada.

Algumas versões foram equipadas com canhões pesados sob a fuselagem o que reduzia ainda mais o espaço para o piloto na cabine. Assim, apesar de ter ficado para a história da aviação como o único avião projetado especificamente para atacar formações de carros de combate durante a 2ª Guerra Mundial a sua eficácia foi bastante prejudicada pelo momento tardio em que apareceu e por uma fraca motorização que acompanhou sempre a sua vida operacional. Assim, não é completamente estranho que produção total tenha sido só de 865 unidades.