Phönix Série D (D.I; D.II e D.III)

O Phönix D.I, com as variantes D.II e D.III, foi um avião de caça a biplano austro-húngaro projetado pelo engenheiro Hans Rudolf, fabricado pela empresa Phönix Flugzeug-Werke (Phönix Flugzeugwerke AG) e utilizado nas fases finais da 1ª Guerra Mundial.

O desenvolvimento do Phönix D.I está intimamente relacionado com o Hansa-Brandenburg D.I, um caça biplano alemão que entrou em serviço em 1916, já que a Phönix Flugzeugwerke AG adquiriu a licença para o construir no seu país tendo posteriormente modificado o projeto na tentativa de aprimorar as características de manobrabilidade e de desempenho. Nascia assim o Phönix D.I.

O primeiro protótipo de Phönix D.I realizou o seu voo inaugural 1917 e tratava-se de um aparelho monolugar com melhorias em relação ao projeto original que incluíam asas mais eficientes, um motor mais potente e várias melhorias estruturais.

Equipado com um único motor o Phönix D.I tinha uma estrutura robusta, boa visibilidade e apresentava um armamento pesado constituído por duas metralhadoras sincronizadas que lhe garantiam um bom poder de fogo contra os aviões ou forças inimigas.

Durante os testes de avaliação provou ser rápido, mas difícil de controlar. Porém, devido à necessidade urgente de caças o D.I foi colocado em produção. Para ultrapassar os problemas, foi rapidamente introduzida uma variante modificada, o D.II, com elevadores equilibrados e ailerons equilibrados nas asas superiores. Um desenvolvimento posterior foi o D.III que tinha ailerons equilibrados em ambas as asas e que foi equipado com um motor Hiero 6 em linha mais potente.

Estas alterações acabaram por tornar o Phönix num adversário formidável nos céus da Europa. No entanto, ironicamente, alguns pilotos, sobretudo aqueles que estavam habituados a pilotar aviões bimotores, consideravam o Phönix “quase demasiado estável as para manobras rápidas de combate".

O Phönix foi utilizado principalmente como caça de interceção, defendendo o espaço aéreo austro-húngaro contra ataques aéreos inimigos. No entanto, também foi utilizado em missões de ataque ao solo e alguns foram equipados com câmaras e convertidos em aviões de reconhecimento.

Um dos ases da aviação austro-húngara, Godwin Brumowski, obteve 12 das suas 35 vitórias aéreas aos comandos de um Phönix.

Fabricado entre 1917 e 1918, num período crucial da história, quando as batalhas aéreas desempenharam um papel crucial desse conflito, os Phönix que foram maioritariamente utilizados pela Força Aérea Austro-Húngara e pela Marinha Austro-Húngara.

O último dos 158 Phönix produzidos foi entregue em 4 de novembro de 1918.