Tomasevich Pegasus / Tomasevich Pegas

O Tomasevich Pegasus, também frequentemente designado simplesmente por Tomashevich Pegas, foi um protótipo de avião de ataque ao solo projetado sob o comando do Major General Dmitri Lyudvigovich Tomashevich e fabricado na União Soviética em meados da 2ª Guerra Mundial.

O projeto previa o desenvolvimento de um aparelho económico capaz de realizar missões como bombardeiro ligeiro e ataque ao solo visando enfrentar tanques e unidades de infantaria motorizada alemãs.

Os principais requisitos por trás deste projeto eram a simplicidade tecnológica, a baixa utilização de materiais não estratégicos e o baixo custo de produção por forma a que o aparelho pudesse ser fabricado em grandes quantidades.

Por forma a cumprir com os requisitos o Pegasus possuía uma estrutura com longarinas e asas feita em madeira de pinho com placas de vidoeiro para cobrir a fuselagem e placas metálicas leves para protegerem a extensão das asas. A utilização deste tipo de materiais para além de questões de racionalização de materiais estratégicos estava relacionada com o facto de permitir uma fácil reconstrução caso o aparelho fosse seriamente afetado, mas ainda assim conseguisse voltar para a base, sendo que a sua reparação estaria concluída em poucas horas.

Tratava-se de um avião monoplano bastante simples, de asa baixa e de cabina aberta mas que ainda assim oferecia uma interessante proteção ao piloto já que a parte lateral e posterior da cabine de pilotagem encontrava-se equipada com placas de blindagem em aço macio, capaz de resistir a balas de 12,7 mm.

O Tomashevich Pegas era acionado com dois motores radiais Shvetsov-Okromechko M-11 de 5 cilindros com uma potência de 150 cv, o mesmo que era utilizado em algumas versões do biplano Polikarpov Po-2 e estava armado com dois canhões de 23 mm e uma metralhadora pesada no nariz, com a opção de substituir os canhões por bombas até 500 quilogramas.

O primeiro protótipo realizou o seu primeiro voo em agosto de 1942 e durante os testes de avaliação revelou ter peso a mais e potência a menos. Para complicar mais o cenário, mostrou-se pouco manobrável e complicado de pilotar pelo que desde cedo se percebeu que só poderia ser operado por pilotos experientes.

Ainda chegaram a ser produzidos mais 3 aparelhos e foi inclusivamente equacionada a possibilidade de ele ser testado operacionalmente na frente de Kursk, mas a distância de Omsk, onde estava a ser fabricado, à linha da frente tornava isso complicado e o desenvolvimento do aparelho acabou por ser cancelado com  somente quatro protótipos construídos.