de Havilland DH.98 Mosquito
	- Avião bombardeiro ligeiro - Reino Unido (1941) -

HISTORIAL

O de Havilland DH.98 Mosquito foi um avião multifunções britânico projetado por Ronald Bishop e fabricado em grande número tanto no Reino Unido como em filiais da de Havilland Aircraft Company no Canadá e na Austrália.

O projeto do Mosquito remonta a outubro de 1938, porém, o Ministério do Ar inglês não demonstrou interesse, sugerindo que a fábrica Hatfield se limitasse a fabricar asas para os bombardeiros pesados já existentes e assim o projeto foi arquivado.

Só com o início a 2ª Guerra Mundial é que Ministro do Ar, relutantemente, deu permissão à de Havilland Aircraft Company para começar o desenvolvimento de uma versão desarmada de reconhecimento, tendo o primeiro protótipo sido construído secretamente em Salisbury Hall.

O protótipo do primeiro Mosquito, pintado de amarelo, realizou o seu voo inaugural em 25 de novembro de 1940 e durante os testes de aviação alcançou quase os 644 Km/h, um valor impressionante para a época.

Quando o aparelho foi apresentado às autoridades militares e governamentais, estas ficaram impressionadas já que o avião possuía uma elevada velocidade e a manobrabilidade de um caça. Assim, terminados os testes oficiais de avaliação o avião foi colocado em produção em série em junho de 1941.

O Mosquito era um avião bimotor, de asa média e com estrutura constituída quase inteiramente em madeira compensada, uma técnica só utilizada na época pelos soviéticos. Essa opção foi a solução encontrada pelo fabricante para ultrapassar a escassez de metais estratégicos durante a guerra e que resultaram num avião extremamente leve e ágil o que lhe rendeu o apelido de "The Wooden Wonder" (A Maravilha de Madeira).

O Mosquito entrou ao serviço operacional da Royal Air Force Britânica (R.AF.) em 1941 e desde cedo mostrou que a sua elevada velocidade, autonomia e capacidade de atingir grandes altitudes aliadas a dois potentes motores e uma estrutura aerodinâmica eficiente levavam a que evitasse facilmente a intercetação pelos aviões inimigos o que lhe conferia uma vantagem tática significativa.

Inicialmente desenvolvido como avião de foto reconhecimento de grande altitude (PR.Mk 1), a primeira operação realizada por um Mosquito foi um reconhecimento fotográfico sobre Brest, La Pallice e Bordéus a 20 de setembro de 1941 e que foi um sucesso. O único Mosquito utilizado conseguiu escapar dos três Messerschmitt Bf 109 que tentaram abatê-lo.

A versão seguinte foi uma versão de bombardeiro desarmado e foi designada de Mosquito B.MK.IV. As entregas começaram em novembro de 1941 tendo esses aparelhos equipado o Esquadrão Nº 105, baseado em Swanton Morley, Norfolk. O inverno serviu para as tripulações se familiarizarem com o avião, que era bastante diferente do seu antecessor, o Bristol Blenheim, muito mais lento e mal-armado.

O excelente desempenho geral dos primeiros modelos tornaram-no no candidato ideal a desempenhar outras tipologias de missões tais como caça-bombardeiro, caça noturno, luta anti submarina e ataque de precisão o que o tornaram num dos mais versáteis aviões britânicos até então construídos.

Assim, posteriormente aos primeiros modelos, surgiu inicialmente uma versão de caça noturno (F.Mk.II) que entrou em serviço no Esquadrão Nº 158, tendo realizado seu primeiro ataque em abril de 1942. A seguir equipou o Esquadrão Nº 23, sendo a primeira unidade a operar o Mosquito no Mediterrâneo, baseado na ilha de Malta, em dezembro de 1942.

Esses Mosquitos estavam fortemente armados com quatro metralhadoras de 7,7 mm e 2 canhões de 20 mm, para além de estarem equipados com o novíssimo radar AI (Airborn Intercept). Esses aviões eram tão eficazes que nas missões de incursão de longo alcance se tornaram particularmente temidos pelos caças noturnos alemães. Os Mosquitos F.Mk.II, em 1944, tinham-se convertido no mais importante caça noturno britânico, sendo inclusivamente usados por unidades norte americanas.

Também foram desenvolvidas versões de caça diurno do Mosquito que serviram especialmente no ataque marítimo, papel que foi fundamental para contrabalançar a ameaça submarina no Golfo da Biscaia.

Posteriormente foram desenvolvidos mosquitos equipados com radar, para operarem como batedores das grandes formações de bombardeiros noturnos e competia a eles a difícil missão de sinalizar os locais a serem bombardeados.

A partir de 1944 os Mosquitos começaram a realizar missões de longa distancia em que transportavam uma só bomba “rebenta maçãs” de 1 814 Kg, até alvos tão longínquos como Berlim.

O Mosquito, por mérito próprio, tornou-se num dos melhores aviões de combate de todos os tempos e foi amplamente utilizado tanto pela R.a.F. como também por outras nações aliadas tendo a sua eficácia e versatilidade contribuído significativamente para o esforço de guerra dos aliados.

Ao todo foram fabricadas 7 781 unidades, em 27 modelos diferentes, que foram operadas por um elevado número de países muito para além do términus do conflito. No Reino Unido, em 1952, foram substituídos pelos e birreatores Canberra.

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Última atualização da página: 08/06/2023