Fairey Firefly

O Fairey Firefly foi um avião de caça e de reconhecimento embarcado projetado e fabricado pela Fairey Aviation Company para a Fleet Air Arm (FAA) da Royal Navy britânica durante a 2ª Guerra Mundial.

O desenvolvimento do Firefly remonta a 1938 quando o Ministério da Aviação Britânico emitiu especificações apelando ao desenvolvimento de projetos para caças navais que viessem ao encontro das necessidades e conceitos da FAA de um avião de caça e de reconhecimento de dois lugares com o piloto e o observador posicionados em estações separadas.

O primeiro voo do Firefly foi realizado a 22 de dezembro de 1941 e após os testes de avaliação entrou ao serviço em 1943. Tratava-se de um avião monomotor, monoplano de asa baixa que podia ser dobrada no sentido posterior da fuselagem para poupar espaço nos porta-aviões. O desenho era deliberadamente convencional pois era necessário disponibilizar rapidamente o avião para o serviço operacional.

Os primeiros Firefly tinham um grande radiador sob o nariz, porém nos modelos posteriores ele foi deslocado mais para o cento da fuselagem e as tomadas de ar posicionadas no bordo de ataque das asas. Na realidade o projeto do Fairey Firefly teve várias atualizações ao longo dos anos que resultaram num elevado número de variantes, algumas delas muito diferentes entre si.

Operacionalmete o Fairey Firefly foi substituir o Fairey Fulmar e apesar de possuir menor dimensões era superior em termos de desempenho e poder de fogo relativamente ao seu antecessor. No entanto, devido a um desenvolvimento prolongado entrou tardiamente no ativo e quando isso aconteceu já não era competitivo como caça. Para além disso as limitações de estar equipado com um único motor e de possuir uma estrutura relativamente pesada reduziram o seu desempenho. Porém o Firefly provou ser um avião bastante resistente, possuir um longo raio de ação e ser fácil de operar a partir de porta-aviões. Essas características tornaram-no eficaz noutras missões tais como de escolta, patrulha e ataque ao solo.

O Firefly desempenhou um papel muito importante durante a Operação Tungsten em que a Royal Navy britânica lançou um ataque maciço contra o couraçado alemão Tirpitz na Noruega, em julho de 1944. Com a guerra praticamente ganha na Europa os Firefly foram então transferidos para o teatro de operações do Pacífico para combaterem contra as forças japonesas. Nesse teatro de operações atuaram sobretudo como como caça-bombardeiros, atacando refinarias de petróleo, navios e objetivos terrestres.

Após o términus do conflito foi adaptado para desempenhar outros papéis, incluindo operações de ataque e guerra antissubmarina. Nestas funções, permaneceu como um dos pilares da FAA até meados da década de 1950.

Durante a Guerra da Coreia, tanto os Firefly britânicos como os australianos realizaram rotineiramente operações de ataque ao solo a partir de porta-aviões.

No total foram fabricados 1 702 Firefly’s tendo o último deles sido entregue em 1955. Alguns aparelhos terminaram a sua carreira como alvo teleguiado.