Henschel Hs 132

O Henschel Hs 132 foi um protótipo de avião de caça intercetador e bombardeiro de mergulho projetado e fabricado pela empresa aeronáutica alemã Henschel Flugzeugwerke AG nas fases finais da 2ª Guerra Mundial.

O projeto do Hs 132 teve início nos primeiros meses de 1944 e tinha por objetivo fornecer à Luftwaffe um novo bombardeiro de mergulho uma vez que os atuais em funcionamento, nomeadamente o Junkers Ju 87 Stuka, eram alvos fáceis para os intercetadores soviéticos e para artilharia antiaérea uma vez que eram demasiado lentos.

O projeto da Henschel era bastante audacioso já que previa a construção de um bombardeiro de mergulho equipado com um motor a reação. Porém o conceito também era estranho e pouco ortodoxo já que o piloto ia de bruços numa pequena fuselagem com o nariz totalmente envidraçado, o que garantia ao piloto uma excelente visão do campo de batalha terrestre.

Nessa posição poderia suportar melhor aos efeitos da força g e permitiria que o aparelho tivesse uma reduzida superfície frontal o que levava a acreditar que a artilharia antiaérea inimiga não seria capaz de acertar um alvo tão pequeno e rápido.

Porém o conceito também era algo suicida já que como a turbina se encontrava instalado no dorso do avião, caso este apresentasse algum problema técnico ou fosse atingido por fogo inimigo o piloto não se conseguiria ejetar pois se o fizesse seria sugado pelo fluxo de ar do gerador e… morreria.

Ainda assim o projeto passou da fase de desenho para a construção de protótipos e previa-se que o esquadrão se ser equipado com estes aparelhos fosse liderado pelo mais famoso piloto de Stuka da história, Hans-Ulrich Rudel.

Em certos aspetos o Henschel Hs 132 assemelhava-se ao Heinkel He 162 Salamander. Era um avião monolugar com o motor instalado na parte superior do avião, possuía cauda com leme duplo, trem de aterragem triciclo e as asas encontravam-se localizadas na linha do motor. A estrutura da cauda era feita de madeira. Os instrumentos eram colocados sob o piloto e outros atrás dele e a sua visualização só era possível através do uso de espelhos.

Porém, nenhum dos 4 protótipos chegou efetivamente a voar uma vez que quando os alemães se preparavam para tal, a fábrica onde o Hs 132 estava a ser fabricado foi tomada pelo Exército Vermelho em maio de 1945.

Estava previsto a versão 132A não ser equipada com armamento defensivo, porém a versão 132B, com a turbina Jumo 004 mais potente, estava prevista ser armada com dois canhões MG 151 de 20 mm, bem como ser equipada com uma bomba de 500 Kg.