Nakajima Kikka

O Nakajima Kikka (também chamado Kōkoku Nigō Heiki "Imperial Weapon No. 2"), foi o primeiro avião a jato do Japão e o único capaz de descolar utilizando somente os seus meios.

O Kikka foi desenvolvido no final da Segunda Guerra Mundial e o primeiro protótipo só tinha voado uma vez antes do fim do conflito.

As origens dos Kikka remontam a 1942 quando o adido militar japonês na Alemanha testemunhou uma série de ensaios de voo do novo Messerschmitt Me 262 e as relatou para o Japão. O Estado-Maior da Marinha, inspirado pelos seus relatórios entusiásticos, emitiu um pedido à Nakajima, em setembro de 1944, para desenvolver um avião semelhante para ser utilizado como caça-bombardeiro de ataque rápido.

Entre as especificações do projeto estavam os requisitos de que o avião deveria ser equipado com dois motores a jato, possuir um só assento, que deveria poder ser construído em grande parte por mão-de-obra não especializada e que as asas deveriam ser dobráveis. Esta última característica era para permitir que o avião fosse escondido em cavernas e túneis em redor do Japão uma vez que por essa altura já se começava a preparar a defesa das principais ilhas japonesas

Outras especificações eram um pouco menos rigorosas do que as do caça alemão: alcance de 205 km com uma carga de bomba de 500 kg ou 278 km com uma carga de 250 kg; velocidade máxima de apenas 696 km/h; velocidade de aterragem de 148 km/h; e uma descolagem de 350 m com assistência de foguetes.

Os desenhadores Nakajima Kazuo Ohno e Kenichi Matsumura desenharam um avião que tinha uma forte, mas superficial semelhança com o Me 262.

O Kikka é frequentemente identificado como o Nakajima J9N1, ou ocasionalmente J9Y, o que, segundo alguns especialistas está incorreto.