Weiss Manfréd WM-23 Ezüst Nyíl

O Weiss Manfréd WM-23 Ezüst Nyíl, também por vezes designado de Mafred-Weiss WM 23, foi um protótipo de avião de caça monoposto húngaro da 2ª Guerra Mundial projetado por Samu Béla e a sua equipa e fabricado pela Manfréd Weiss Steel and Metal Works.

O desenvolvimento do WM 23 começou no verão de 1939 e embora se tenha tratado de um projeto inteiramente húngaro foi amplamente baseado no avião alemão Heinkel He 112.

O protótipo, com número de série V.501, ficou concluído no final de 1940 e como tinha uma cor cinzento-prateada com uma superfície lisa e possuía uma forma aerodinâmica que lhe dava uma aparência veloz recebeu o nome de "Ezüst Nyíl" ("Silver Arrow" - "Flecha de Prata"). A data exata do primeiro voo do WM-23 não é perfeitamente clara, mas é provável te tenha acontecido entre fevereiro e março de 1941, sendo que algumas fontes apontam o dia 23 de fevereiro de 1941 como o mais provável.

O VM 23 possuía asas de gaivota invertidas com um design elíptico de asa baixa em tudo semelhantes às do He 112, mas simplificadas e fabricadas em madeira; a fuselagem era feita de contraplacado sobre uma estrutura de aço, o trem de aterragem era retrátil, o cockpit era fechado e a motorização era assegurada por um motor radial francês Gnome-Rhone fabricado na Hungria sob licença que acionava uma hélice de três pás de passo variável.

O protótipo do VM 23 mostrou-se bastante promissor e no geral o aparelho era superior ao original He 112, muito por conta do motor que era mais potente. O aparelho era rápido, atingindo durante os testes uma velocidade máxima de 530 km/h (significativamente melhor do que a velocidade máxima de 430 km/h dos He 112Bs cedidos pelos alemães à Hungria) e demonstrou boas características voo o que levou a que fosse seriamente ponderada a sua construção em série, no entanto, os trabalhos de desenvolvimento prosseguiam estranhamente lentos e todos em torno do único protótipo construído.

A 21 de abril de 1942, enquanto testava o avião à velocidade máxima sobre Tököl, o piloto de testes Sándor Boskovits notou que a habitual vibração a altas velocidades que o protótipo apresentava intensificou-se e culminou na rutura do aileron de estibordo (direito) a uma altitude de 3000 metros. Este era um problema sério e em breve o avião ficou incontrolável (e entrou em rotação segundo algumas fontes) acabando por se despenhar na floresta tendo ficado completamente destruído. O piloto conseguiu saltar do avião e aterrar em segurança graças ao seu paraquedas.

Este acidente foi um sério revés para a continuação do desenvolvimento do projeto e como a resolução desse problema poderia ser demorado e dispendioso foi decidido não afetar mais recursos ao mesmo e cancelá-lo.

A decisão de cancelamento também foi facilitada pois, entretanto, a Hungria tinha obtido autorização para fabricar o Messerschmitt Bf 109 no seu país e também já se encontrava em produção o caça húngaro MÁVAG Héja ("Hawk") que de certa forma preenchia de forma aceitável o papel pretendido para o WM 23.

Ainda chegou a ser projetado um avião de construção inteiramente metálica e a ser equipado com o motor Daimler-Benz DB605, porém, nunca saiu da prancheta dos projetistas e assim unicamente foi fabricada uma única unidade do Mafred-Weiss WM 23.